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Dra. Aide Maria Velazquez
Em entrevista concedida ao MAIRINCKNEWS, a médica cubana Aide Maria Velazquez disse que está lisonjeada em poder exercer sua profissão no município mairinquense e que - através de sua experiência profissional de mais de 24 anos, vai poder contribuir para uma melhor qualidade de vida à população local, principalmente na área da saúde familiar. Divorciada e mãe de dois filhos, a doutora é formada pela Universidade Mariana Grajales, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior de Cuba. Possui especializações em Medicina Geral e Integral, Saúde Familiar e Ultrassonografia. Dona de um carisma ímpar e simplicidade adorável, gosta de ler, dançar, ouvir música e fazer amigos. Afirmou ainda que pretende permanecer na cidade por um período de 3 anos - quando se encerra o contrato do programa federal Mais Médicos.
Questionada sobre seu ponto de vista quanto ao sistema da rede pública de saúde cubana com a brasileira, a médica salientou que em seu país há uma preocupação com a medicina preventiva e, no Brasil, os profissionais da medicina se preocupam e desenvolvem um trabalho mais curativo. Segundo ela, a medicina preventiva contribui para o combate de várias enfermidades e, também, conscientiza a sociedade a sair do sedentarismo e obter uma melhor qualidade e expectativa de vida.
"Em Cuba eliminamos a dengue, malária, tuberculose, sarampo, rubéola, entre outras doenças típicas de países tropicais, como o Brasil. Além disso, o governo, há muito tempo, investe em biotecnologia, incentivando pesquisas médicas e desenvolvendo medicamentos que são exportados para vários países do mundo. Em meu país há 1 médico para cada 120 pessoas, o que é maravilhoso. Se por um lado vivemos em um regime 'fechado', socialista - como vocês têm conhecimento, o governo cubano possui uma política educacional e de saúde excepcional. Não pagamos para estudar e nem para se ter um bom atendimento médico-hospitalar. Por outro lado, a economia fica enfraquecida devido a falta de abertura política e de restrições impostas principalmente pelo governo americano", lembra. Ela também explicou que após concluir o ensino de medicina, é necessário prestar serviços sociais à comunidade, de 3 a 4 anos. A médica também elogiou a política de Raúl Castro, presidente da República de Cuba, e argumentou que hoje está havendo uma maior abertura socioeconômica, o que beneficiará a economia local, como o do próprio salário do médico cubano - que poderá, a partir do próximo mês, garantir um vencimento salarial de até R$ 1,3 mil por mês, ou seja, algo em torno de U$$ 581 dólares. Foi enfática em dizer que o Brasil é um país muito rico e lindo, mas que falta um pouco mais de planejamento em diferentes áreas para que se alcance índices igualitários aos de países do Primeiro Mundo.
Ela ressaltou que está muito feliz e espera profundamente contar com a ajuda de seus colegas da área de saúde para que seu trabalho seja desenvolvido da melhor maneira possível. "De acordo com informações que recebi sobre a saúde desta comunidade , o município apresenta vários casos de hipertensão, estresse e diabetes - enfermidades que afetam gravemente uma grande parcela da população. Casos que devem ser diagnosticados e acompanhados por um profissional da medicina comprometido com o PSF (Programa Saúde da Família). Uma missão que pretendo realizar com muita honradez e perspicácia. Não me arrependo de ter vindo para o Brasil e tampouco para esta cidade. Vou estar focada na saúde familiar e atender toda a população com muita dedicação, respeito e amor", enfatizou a médica Aide Maria Velazquez.
Para o secretário municipal de saúde, Sidnei Silva de Lima - um dos profissionais mais competentes e éticos da atual gestão pública, a vinda de uma nova profissional da área médica é fundamental e a doutora Aide Velazquez é especialista em prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Acredita também que haverá uma mudança na relação médico-paciente. O doente terá mais confiança e criará um laço de amizade com quem o atende, seja nos locais da rede pública de saúde como também em sua própria residência. Entretanto - lembrou o secretário, todo esse esforço para melhorar a saúde da população precisa do apoio não somente dos profissionais de sua secretaria, mas, especialmente, da classe política. "Estamos nos esforçando cada vez mais para que Conselheiro Mairinck tenha uma saúde pública melhor e eficaz. Ao receber a nova médica, estamos abrindo nossa sociedade para o mundo - já que a profissional trabalhou em outros países do continente africano e na Venezuela", concluiu Sidnei Lima.
A doutora Aide Maria Velazquez começa a clinicar logo após sua documentação ser regularizada pelo Ministério da Saúde - o que deve acontecer em, no máximo, 10 dias. Ela terá uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e atenderá os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) das 8 às 17 horas.
Secretário de saúde Sidnei Silva de Lima e Dra. Aide Maria Velazquez
MAIRINCKNEWS
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