Mesmo após o recuo e sem demonstrar qualquer humildade, Richa ainda foi infeliz ao chamar os servidores públicos de baderneiros em entrevista concedida à RPC TV. Será que o governante paranaense esqueceu que a Alep é uma Casa do Povo?
Curitiba - Ao custo de bombas de gás, tiros de balas de borracha e violência na frente da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), o governador Beto Richa perdeu a queda de braço para os servidores públicos, nesta quinta-feira (12). A vitória momentânea desses profissionais ocorreu após quatro dias de ocupação na Alep e foi coroada com o ofício do governador pedindo a retirada do "pacotaço" de medidas que afeta diretamente as conquistas trabalhistas de todos os setores do funcionalismo estadual.
Curitiba - Ao custo de bombas de gás, tiros de balas de borracha e violência na frente da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), o governador Beto Richa perdeu a queda de braço para os servidores públicos, nesta quinta-feira (12). A vitória momentânea desses profissionais ocorreu após quatro dias de ocupação na Alep e foi coroada com o ofício do governador pedindo a retirada do "pacotaço" de medidas que afeta diretamente as conquistas trabalhistas de todos os setores do funcionalismo estadual.
Antes da retirada das medidas, houve grande resistência do governo e dos deputados da base governista, principalmente do líder, Luiz Claudio Romanelli (PMDB). Chegou a ser cogitado que a sessão de hoje fosse realizada fora do prédio da Casa Legislativa para evitar tumultos. Contudo, os deputados da base decidiram entrar na Assembleia a qualquer custo.
Respaldados pelo secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, os deputados que apoiam o governador entraram na Assembleia em um caminhão do pelotão de Choque da Polícia Militar. Os policiais chegaram a serrar as grades do portão para que o veículo adentrasse o pátio. Os servidores, que já estavam exaltados, derrubaram os portões da Assembleia e tentaram novamente ocupar o prédio. Foi nesse momento que começou a pancadaria.
Policiais, que faziam um cordão de proteção em torno do prédio principal, arremessaram bombas de gás e dispararam balas de borracha contra os manifestantes. Do lado de dentro, também havia policiais fortemente armados para evitar o acesso dos manifestantes até o local onde estavam os deputados. Em resposta aos ataques, vários educadores jogaram flores em direção aos policiais. Depois que houve tiros e bombas, os deputados decidiram por suspender a votação do pacotaço para evitar maiores embates. Mesmo assim, a confusão continuou do lado de fora. Manifestantes foram atingidos pelas balas de borracha e algumas pessoas desmaiaram.
Os ânimos só se acalmaram quando começou a circular a informação de que o governador havia recuado em relação às medidas contra o funcionalismo. Quando a entrega do ofício foi confirmada, houve comemoração e os deputados de oposição discursaram diante dos servidores. O deputado Nelson Luersen (PDT) elogiou a resistência dos manifestantes, afirmando que, sem ela, o recuo de Beto Richa não ocorreria. Ele também parabenizou os profissionais da imprensa que defenderam os servidores - criticando não somente a ação truculenta do governador como dos parlamentares da base governista.
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